Dignidade da mulher
A grande falácia dos dias atuais é a afirmação, quase que patológica, de que a mulher é igual ao homem.
Não, mulher, você não é igual ao homem, aliás, não deve desejar sê-lo!
O feminismo instaurou uma guerra entre homens e mulheres que, ao final, somente fere a quem esse movimento diz procurar defender. A construção desse discurso ideológico só tem provocado feridas gigantescas em gerações de homens e mulheres que têm a sua identidade própria desconfigurada.
Outro grande absurdo é o jogo de palavras entre diversidade e diferença, sendo que a primeira assume, nos discursos libertários, um tom positivo e o segundo, negativo. Ou seja, somos coagidos a respeitar a “diversidade”, mas quando se fala da diferença entre o homem e a mulher se desperta um grande alvoroço e discursos inflamados.
Sim, de fato, senhores, homens e mulheres são (e devem ser) diferentes!
A Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre a colaboração do homem e da mulher na Igreja e no Mundo, escrita pelo então Cardeal Joseph Ratzinger faz a seguinte afirmação:
“O obscurecimento da diferença ou dualidade dos sexos é grávido de enormes consequências a diversos níveis. Uma tal antropologia, que entendia favorecer perspectivas igualitárias para a mulher, libertando-a de todo o determinismo biológico, acabou de facto por inspirar ideologias que promovem, por exemplo, o questionamento da família, por sua índole natural bi-parental, ou seja, composta de pai e de mãe, a equiparação da homossexualidade à heterossexualidade, um novo modelo de sexualidade polimórfica” [1].
O homem e a mulher são diferentes entre si. Isso é obra de Deus e cabe ao homem defendê-la. Tal diferença não significa inferioridade ou superioridade, simplesmente ressalta o fato de que um não é (e não deve ser) igual ao outro. Temos de nos purificar dessas ideologias enraizadas no pensamento moderno e voltar à essência do que somos.
Seja homem e garanta que o mistério de ser mulher não se esvazie. Valorize as diferenças e mostre à mulher sua riqueza, sua dignidade e sua identidade.
“No fundamento do desígnio eterno de Deus, a mulher é aquela na qual a ordem do amor no mundo criado das pessoas encontra um terreno para deitar a sua primeira raiz. A ordem do amor pertence à vida íntima do próprio Deus, à vida trinitária” [2].
Assumindo seu papel de homem, aplainará, cada vez mais, os caminhos para que cada mulher seja, de fato, o que Deus a criou para ser.
Bravus, pela hombridade.
[1] Ratzinger, J. Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre a colaboração do homem e da mulher na Igreja e no Mundo. § Segundo.
[2] João Paulo II. Carta Apostólica Mulieris Dignitatem: sobre a dignidade e vocação da mulher. § 29.
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